Cap. 6

cap 6 - Milena

A sensação de ESTAR ali era ótima. Agora eu quase entendia o quê tinha me feito querer ir ali. Era tudo tão... Perfeito para mim. Tão lindo. Na névoa, achamos uma cidade, que era uma feirinha de cadernos, lápis, instrumentos, algumas “poções”, vendedores legais(E preços baratos!), tons que nunca vi, roupas lindas... Eu estava tão deslumbrada com aquilo que não percebi quando minha roupa mudou, e apareceu uma maquiagem em mim. Só reparei quando o Mattew apareceu por trás de mim, colocando um colar e me dando um espelho.

-Combinou com sua nova roupa.

-Quando é que eu... Quando é que você...

-Não me pergunte. O castelo está ali na... – Ele se interrompeu, olhando para o chão. – Na nossa presença.

-Olá filha e... Namorado dela?

-Ele não é meu namorado, e você não é minha mãe.

-Sou sim.

-Ok, ok. Quem, além de minha mãe, é você então???

 -Bom, os outros mandariam uma “orientadora”, mas eu falo direto. Oi, sou sua mãe, uma áurea mitológica, me chamo Luna.

- Quem são os “outros”?

-Ah, boa pergunta. Eles são meus dois irmãos, também áureas, e são Thor e Árthemis.

-Existem outras áureas?

-Sim, mas são menores. Nós somos as mais poderosas, e, talvez, prepotentes.

-Siiiim. Onde estamos?

-Planeta Terra?

-Mais específico?

-Segunda dimensão?

-OK, beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem mais específico?

-Ilha de outra dimensão que ninguém vê lá de baixo, que paira sobre várias cidades do estado de São Paulo no momento, e constantemente muda de local?

-Melhor. O quê seria uma áurea?

-Eu sou como que uma deusa, só que divide-se em estilos, não coisas. Veja bem, sou os estilos romântica, sonhadora, artista e música. Pois se engana quem acha que música e arte são apenas música e arte, são estilos de vida.

-Belo discurso. Bom, e as outras duas áureas citadas?

-Thor é o punk, largado, músico também, o doido, o confortável, o amante de bichos, o líder, o forte. Luna? Bom, ela é a fofura, meiguice, cuticutisse, fofurice, coloridinha...

-Entendi.

-Veja, todos temos traços de um ou outro, mas bem, vocês são mais puxados para um deles, o seu “pai/mãe”.

-Hum, e vocês foram para o mundo mortal ou?!...

-Sim, vagamos por lá, às vezes. No total, na verdade, somos infinitos lá embaixo, mas não somos contados como parte dos sete bilhões, já que sumimos, e raramente nos vêêm como umanos, assumimos formas animais, após seilá, comprar um lanche no MC donalds. Mas somos tão comuns que ninguém repara quando fazemos isso. Mas, dos grandes, somos apenas 9, sendo nós três os maiores.

-“Comuns’’?

-É, assumimos formas mais “Normais para um humano”

-Faz sentido.

Passamos horas discutindo, e o Mattew acabou finalmente entrando na conversa. Nós descobrimos coisas boas, e falamos de besteiras, até que minhã mãe disse que nos acordaria amanhã na hora do café, pois depois encontraríamos nossos amigos, e nos mandou ir dormir. Dormi muito calma e feliz naquele dia, por saber que existia um lugar ao qual eu pertencia, e uma missão – Não descobri qual – Para mim. Acho que é o que todos queremos. Um sentido. E nessa noite, filosofei muito sobre isso em meus sonhos.